DJ TAMY

COLABORADORES
Capa DJ Tamy
Foto Maria Paula Freire
Assessoria
Ariprensa

 

DJ Tamy fala sobre música, moda e resistência: “conquisto
meus espaços sendo eu”

 

 

 

 

DJ Tamy fala sobre sua caminhada no cenário musical, a pressão por se encaixar
em estéticas mais neutras e o orgulho de representar uma estética periférica
maximalista.

Quando DJ Tamy começou a tocar em 2007, ela já sabia que aquele caminho
seria feito de coragem, personalidade e som alto. Mas se aquela jovem artista
olhasse hoje para a mulher que se tornou, veria algo maior do que seus sonhos
ousaram prever: veria potência.

“Eu acho que a Tamy de 2007 enxergaria em mim poder. Aquela pessoa que
acreditou que era possível e que conquistou. Eu sempre falo isso para as
pessoas: quando a gente quer, é possível, a gente conquista.”

Esse espírito segue firme até hoje, não só nas pistas, mas na maneira como ela
se posiciona na moda, na cultura e na indústria musical. Tamy nunca foi de
caber em um molde. Ela também nunca teve medo de se mostrar – seja nas
produções sonoras ou na estética maximalista que carrega com orgulho.

 

“Meu estilo é o que eu sou. É extrovertido, alegre, espantônio. Carrega a
identidade do que eu sou hoje, mas também de quem veio antes de mim. É
muito sobre isso.”

Ela sabe que corpos racializados sempre foram atravessados por tentativas de
silenciamento visual e estético. Mas DJ Tamy nunca abaixou o volume para
caber em espaços que tentavam neutralizá-la.

“Já senti sim essa pressão para parecer mais neutra. Mas sabe aquela coisa
que você sente, mas não te abraça? Hoje eu conquisto meus espaços sendo
eu, do meu jeitinho.”

A relação com a moda, no caso de DJ Tamy, é política. Uma escolha diária de
afirmação e resistência. A estética maximalista, para ela, não é só exuberância.
É sofisticação. É bom gosto.

 

 

“Eu me considero sofisticada com bom gosto, mesmo com essa identidade
mais máxima, mais periférica. Infelizmente o olhar do outro a gente não
domina. Mas sempre vou trazer essa pauta. Às vezes é diferente, às vezes é
muito, mas tem bom gosto ali. E eu acredito nisso.”

DJ Tamy carrega o, hip hop, R&B, funk e pop, em seus sets e produções com a
mesma naturalidade com que fala sobre as camadas de sua trajetória. Ela
acredita na transformação do cenário musical brasileiro, especialmente pelo
espaço que ritmos antes marginalizados vêm ocupando.

“O rap e o funk chegaram no mainstream. A gente vê muito baile funk
acontecendo, muita festa de rap. Existe uma diversidade em movimento.
Claro que sempre vai ter um olhar demagogo, mas alguma coisa está
acontecendo, sim.”

Esse movimento também pulsa no seu EP “Baile da Tamy”, um trabalho que
traduz sua pluralidade musical e, acima de tudo, sua vivência.
“Todo mundo viu a Tamy crescer nas séries, na cultura hip-hop. Mas nesse EP
eu consegui mostrar a diversidade do som que eu gosto. Eu amo rap, amo
R&B, mas também amo house, amo pop. Meu EP é bem locão, que nem eu.”

 

 

Após quase duas décadas na estrada, ela celebra os novos tempos, mas
também reconhece os desafios que ainda existem. E espera que as novas
gerações encontrem menos obstáculos para ocupar seu lugar com
autenticidade.

“Hoje é muito mais fácil do que foi pra mim e pra quem veio antes. As mídias
estão aí, o acesso a equipamentos também. Eu torço para que essas novas
gerações encontrem mais caminhos abertos, mesmo que ainda tenham que
enfrentar o desconhecido.”

Com um repertório autoral e sets que misturam referências do passado com a
potência do presente, DJ Tamy vem se consolidando como uma artista que
traduz as pistas em narrativa sonora, seja nos festivais, nas ruas ou nas
plataformas digitais.

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DJ TAMY

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Capa DJ Tamy
Foto Maria Paula Freire
Assessoria
Ariprensa

 

DJ Tamy fala sobre música, moda e resistência: “conquisto
meus espaços sendo eu”

 

 

 

 

DJ Tamy fala sobre sua caminhada no cenário musical, a pressão por se encaixar
em estéticas mais neutras e o orgulho de representar uma estética periférica
maximalista.

Quando DJ Tamy começou a tocar em 2007, ela já sabia que aquele caminho
seria feito de coragem, personalidade e som alto. Mas se aquela jovem artista
olhasse hoje para a mulher que se tornou, veria algo maior do que seus sonhos
ousaram prever: veria potência.

“Eu acho que a Tamy de 2007 enxergaria em mim poder. Aquela pessoa que
acreditou que era possível e que conquistou. Eu sempre falo isso para as
pessoas: quando a gente quer, é possível, a gente conquista.”

Esse espírito segue firme até hoje, não só nas pistas, mas na maneira como ela
se posiciona na moda, na cultura e na indústria musical. Tamy nunca foi de
caber em um molde. Ela também nunca teve medo de se mostrar – seja nas
produções sonoras ou na estética maximalista que carrega com orgulho.

 

“Meu estilo é o que eu sou. É extrovertido, alegre, espantônio. Carrega a
identidade do que eu sou hoje, mas também de quem veio antes de mim. É
muito sobre isso.”

Ela sabe que corpos racializados sempre foram atravessados por tentativas de
silenciamento visual e estético. Mas DJ Tamy nunca abaixou o volume para
caber em espaços que tentavam neutralizá-la.

“Já senti sim essa pressão para parecer mais neutra. Mas sabe aquela coisa
que você sente, mas não te abraça? Hoje eu conquisto meus espaços sendo
eu, do meu jeitinho.”

A relação com a moda, no caso de DJ Tamy, é política. Uma escolha diária de
afirmação e resistência. A estética maximalista, para ela, não é só exuberância.
É sofisticação. É bom gosto.

 

 

“Eu me considero sofisticada com bom gosto, mesmo com essa identidade
mais máxima, mais periférica. Infelizmente o olhar do outro a gente não
domina. Mas sempre vou trazer essa pauta. Às vezes é diferente, às vezes é
muito, mas tem bom gosto ali. E eu acredito nisso.”

DJ Tamy carrega o, hip hop, R&B, funk e pop, em seus sets e produções com a
mesma naturalidade com que fala sobre as camadas de sua trajetória. Ela
acredita na transformação do cenário musical brasileiro, especialmente pelo
espaço que ritmos antes marginalizados vêm ocupando.

“O rap e o funk chegaram no mainstream. A gente vê muito baile funk
acontecendo, muita festa de rap. Existe uma diversidade em movimento.
Claro que sempre vai ter um olhar demagogo, mas alguma coisa está
acontecendo, sim.”

Esse movimento também pulsa no seu EP “Baile da Tamy”, um trabalho que
traduz sua pluralidade musical e, acima de tudo, sua vivência.
“Todo mundo viu a Tamy crescer nas séries, na cultura hip-hop. Mas nesse EP
eu consegui mostrar a diversidade do som que eu gosto. Eu amo rap, amo
R&B, mas também amo house, amo pop. Meu EP é bem locão, que nem eu.”

 

 

Após quase duas décadas na estrada, ela celebra os novos tempos, mas
também reconhece os desafios que ainda existem. E espera que as novas
gerações encontrem menos obstáculos para ocupar seu lugar com
autenticidade.

“Hoje é muito mais fácil do que foi pra mim e pra quem veio antes. As mídias
estão aí, o acesso a equipamentos também. Eu torço para que essas novas
gerações encontrem mais caminhos abertos, mesmo que ainda tenham que
enfrentar o desconhecido.”

Com um repertório autoral e sets que misturam referências do passado com a
potência do presente, DJ Tamy vem se consolidando como uma artista que
traduz as pistas em narrativa sonora, seja nos festivais, nas ruas ou nas
plataformas digitais.

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